domingo, 5 de fevereiro de 2012

Governo grego se reúne para discutir acordo sobre dívida

O governo da Grécia busca neste domingo acertar os detalhes de seus acordos com o grupo@ < edoras conhecido como "troika" e com bancos internacionais para receber mais ajuda externa e obter um perdão parcial da dívida pública em troca de mais reformas e austeridade econômica.

O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, se reúne neste domingo com os líderes dos três partidos que formam o governo de união nacional do país.

Por enquanto, não há encontros previstos nem com representantes da "troika" --formada pela Comissão Europeia, BCE (Banco Central Europeu) e FMI (Fundo Monetário Internacional)-- nem com os bancos internacionais, representados por Charles Dallara, diretor do IIF (Instituto Internacional de Finanças).

O encontro, considerado fundamental para se chegar a um acordo, terá a participação dos líderes do partido socialista Pasok, Giorgos Papandreou, da legenda conservadora Nova Democracia, Antonis Samaras, e do ultradireitista LAOS, Giorgos Karatzaferis, além do ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos.

Os políticos devem decidir se aceitam ou não as condições exigidas pela "troika". Os principais temas de atrito são a exigência das entidades credoras de uma redução drástica dos salários no setor privado, a diminuição dos complementos de aposentadorias e várias medidas de redução de gastos públicos.

Sindicatos, entidades patronais e o governo advertem que a adoção das medidas exigidas provocaria ainda mais recessão e afastaria a perspectiva de recuperação econômica. Os três partidos que apoiam o governo alertaram que não assinariam um acordo com uma redução do salário mínimo e da previdência.

A "troika" pede ainda cortes de gastos de 4,4 bilhões de euros, enquanto o governo busca um acordo para reduzi-los a 2 bilhões de euros, invocando dados econômicos que mostram o deficit de 2011 entre 9,1% e 9,3% do PIB (Produto Interno Bruto), abaixo dos 10,5% estimados.

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