sábado, 11 de fevereiro de 2012

Comandos dizem que situação é normal no Rio apesar de greve

Os comandos do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civil e Militar do Rio informaram neste sábado que a greve das categorias por aumentos salariais anunciada na noite de quinta-feira teve baixa adesão e não compromete o trabalho das duas corporações.

Segundo o chefe do Estado Maior Administrativo da PM, coronel Robson Rodrigues da Silva, a adesão ontem foi pequena e a situação nas ruas e nos batalhões "é tranquila".

"O número de faltas é muito baixo. Estamos prontos para atender a população sem problemas", disse o coronel.

O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, disse que somente 39 guarda-vidas não foram trabalhar, na praia da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

PRISÕES

A prisão na sexta-feira de 17 policiais militares líderes do movimento grevista (11 por mandados expedidos e seis por flagrante) e o anúncio de processos administrativos contra 129 PMs e 123 bombeiros que faltaram ao trabalho deixaram a paralisação sem porta-vozes.

Além da falta dos guarda-vidas, a Folha colheu indícios de adesão parcial ao movimento em delegacias da Polícia Civil --de 15 contatadas, 11 informaram que não poderiam registrar um boletim de ocorrência de furto de celular, apenas crimes de maior gravidade, devido à redução de efetivos.

Ao decretarem a greve, policiais e bombeiros fluminenses se disseram insatisfeitos com a proposta de reajuste feita pelo governo do Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa.

Com o aumento, o salário base de um soldado passou de R$ 1.277 para R$ 1.699.

BLOCOS NA RUA

Hoje, o policiamento está normal no centro e na zona sul do Rio, as principais áreas turísticas da cidade.

Nenhum dos 105 desfiles de blocos programados para o fim de semana foi adiado.

Nesta manhã,o bloco Imaginô? Agora Amassa desfilou no Leblon (zona sul). Guardas municipais e policiais acompanharam a movimentação.

Das delegacias contatadas pela Folha, a 15ª (Gávea), próxima à favela da Rocinha, e 10ª DP (Botafogo) e a 34ª (Bangu) disseram estar atendando apenas casos roubos de veículos e violência.

Na 22ª DP, que atende casos das favelas do Complexo da Penha, sob ocupação militar, a atendente informou que, em razão da falta de pessoal, um cadastro seria feito e posteriormente a delegacia ligaria pedindo o retorno para o registro da ocorrência, mas sem previsão.

A assessoria da Polícia Civil negou as informações de falta de atendimento, dizendo que todas as delegacias funcionam normalmente.

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