terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PT lança ofensiva para impedir isolamento na campanha de Haddad

Temendo a adesão dos aliados à campanha do recém-lançado José Serra (PSDB), o PT se lançou numa ofensiva para impedir o isolamento da candidatura de Fernando Haddad. Isso inclui pressão sobre a presidente Dilma Rousseff para que ela atenda PR e PDT na Esplanada dos Ministérios. Pelo acordo em gestação, o ministério dos Transportes será ocupado por um político indicado pelo PR. Na semana retrasada, os líderes do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), e no Senado, Blairo Maggi (MT), apresentaram suas indicações, encabeçada pelo vereador Antônio Carlos Rodrigues e por Cesar Borges, à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Agora, a expectativa é que sejam recebidos pela presidente Dilma Rousseff ainda esta semana. O PR rejeita o nome do ministro Paulo Passos como representante do partido no governo. Até hoje, Dilma insistiu na manutenção de Passos. Mas, sob orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT fez chegar ao governo o pedido para atendimento das reivindicações do PR. "Não é novidade que o PR negocia com o governo sua volta ao Ministério. Mas isso não tem nada a ver com o apoio a Haddad", desconversou Rodrigues, um dos cotados para a vaga. O PT também decidiu procurar o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical, para tentar conter sua aproximação com o PSDB do Estado. Paulinho resiste ao nome do deputado Vieira da Cunha (RS), favorito de Dilma para o Ministério do Trabalho. Mas, a pedido do PT, deverá concorrer à Prefeitura em vez de apoiar Serra. Aliado do governo Alckmin, o PSB também está na mira dos petistas. Ontem, Dilma jantou com o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos. Apontado como fiel da balança em São Paulo, ele deverá se encontrar com Lula nos próximos dias. Pouco antes do jantar, Campos convocou seu partido para uma reunião em Brasília na qual deverá anunciar apoio em São Paulo. Por intermédio de sua assessoria, Campos disse que o partido deve de fato engrossar a campanha de Haddad. Assim, Campos se cacifa para que o PSB ocupe a vice na disputa presidencial de 2014.

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