Os Estados Unidos se reunirão no próximo dia 23 com representantes da Coreia do Norte, em Pequim, na China, para novas negociações sobre a tentativa de desarmamento nuclear norte-coreano, informou nesta segunda-feira o Departamento de Estado americano.
O encontro será o terceiro da negociação entre os dois países, que começou em 2009, a primeira após a morte de Kin Jong-Il, em 17 de dezembro, e de Kin Jong-Un, filho do ex-ditador, à frente do regime. A intenção é retomar o diálogo, que foi bloqueado em julho de 2011.
De acordo com o analistas consultados pela agência de notícias Associated Press, isso pode ser um sinal do desejo do novo regime de fazer um acordo com Washington e a comunidade internacional após as preocupações com o programa nuclear e mísseis.
Pouco antes da morte de Kin Jong-Il, em dezembro, as negociações estavam próximas de chegar ao fim, com uma diminuição do armamento condicionada a uma ajuda humanitária.
AJUDA HUMANITÁRIA
Em janeiro, o jornal japonês "Tokyo Shimbun" informou que depois do anúncio da morte Kim Jong-Il, Pequim decidiu entregar a Coreia do Norte cerca de 500 mil toneladas de comida e 250 mil toneladas de combustível.
Desde 9 de janeiro, milhares de caminhões transportaram arroz para a Coreia do Norte, que sofre com uma falta crônica de alimentos, anunciou Do Hee-Yoon, membro da Coalizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pessoas Sequestradas e Refugiados Norte-Coreanos, um grupo com sede em Seul.
Além da ajuda humanitária, a China aumentou 62% o comércio com a Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os minerais são o principal produto de exportação norte-coreano para o país vizinho, segundo um estudo da Associação Internacional de Comércio da Coreia do Sul.
CONVERSAS
Também em janeiro, os Estados Unidos anunciaram que enviarão mais 12 caças F-16 e 240 militares para a base americana de Gunsan, a 274 km de Seul. O esquadrão se junta a outros 12 aviões e 200 pilotos que estão na instalação.
As reações são uma resposta preventiva às incertezas provocadas pela mudança no regime norte-coreano com a morte do ditador Kin Jong-Il. Nas últimas semanas, representantes americanos também estiveram em contato com China, Japão e Rússia para retomar as negociações com a Coreia do Norte.
Em janeiro, a agência de notícias estatal KCNA revelou que o país comunista recebeu dos americanos em julho uma proposta de ajuda humanitária e retirada de sanções em troca da suspensão dos exercícios com armamento nuclear. A proposição foi realizada em um encontro bilateral entre os dois países.
A tensão na região foi retomada em 2008, quando o regime norte-coreano iniciou exercícios militares com arsenal atômico. Desde então, foi iniciada uma série de atividades com tropas dos dois lados na região do mar da Coreia.
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