segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

EUA se reunirá com Coreia do Norte dia 23 em Pequim

Os Estados Unidos se reunirão no próximo dia 23 com representantes da Coreia do Norte, em Pequim, na China, para novas negociações sobre a tentativa de desarmamento nuclear norte-coreano, informou nesta segunda-feira o Departamento de Estado americano.

O encontro será o terceiro da negociação entre os dois países, que começou em 2009, a primeira após a morte de Kin Jong-Il, em 17 de dezembro, e de Kin Jong-Un, filho do ex-ditador, à frente do regime. A intenção é retomar o diálogo, que foi bloqueado em julho de 2011.

De acordo com o analistas consultados pela agência de notícias Associated Press, isso pode ser um sinal do desejo do novo regime de fazer um acordo com Washington e a comunidade internacional após as preocupações com o programa nuclear e mísseis.

Pouco antes da morte de Kin Jong-Il, em dezembro, as negociações estavam próximas de chegar ao fim, com uma diminuição do armamento condicionada a uma ajuda humanitária.

AJUDA HUMANITÁRIA

Em janeiro, o jornal japonês "Tokyo Shimbun" informou que depois do anúncio da morte Kim Jong-Il, Pequim decidiu entregar a Coreia do Norte cerca de 500 mil toneladas de comida e 250 mil toneladas de combustível.

Desde 9 de janeiro, milhares de caminhões transportaram arroz para a Coreia do Norte, que sofre com uma falta crônica de alimentos, anunciou Do Hee-Yoon, membro da Coalizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pessoas Sequestradas e Refugiados Norte-Coreanos, um grupo com sede em Seul.

Além da ajuda humanitária, a China aumentou 62% o comércio com a Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os minerais são o principal produto de exportação norte-coreano para o país vizinho, segundo um estudo da Associação Internacional de Comércio da Coreia do Sul.

CONVERSAS

Também em janeiro, os Estados Unidos anunciaram que enviarão mais 12 caças F-16 e 240 militares para a base americana de Gunsan, a 274 km de Seul. O esquadrão se junta a outros 12 aviões e 200 pilotos que estão na instalação.

As reações são uma resposta preventiva às incertezas provocadas pela mudança no regime norte-coreano com a morte do ditador Kin Jong-Il. Nas últimas semanas, representantes americanos também estiveram em contato com China, Japão e Rússia para retomar as negociações com a Coreia do Norte.

Em janeiro, a agência de notícias estatal KCNA revelou que o país comunista recebeu dos americanos em julho uma proposta de ajuda humanitária e retirada de sanções em troca da suspensão dos exercícios com armamento nuclear. A proposição foi realizada em um encontro bilateral entre os dois países.

A tensão na região foi retomada em 2008, quando o regime norte-coreano iniciou exercícios militares com arsenal atômico. Desde então, foi iniciada uma série de atividades com tropas dos dois lados na região do mar da Coreia.

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