domingo, 19 de fevereiro de 2012

Irã suspende venda de petróleo à França e ao Reino Unido

O Irã suspendeu as vendas de petróleo às companhias petroleiras francesas e britânicas, anunciou neste domingo o porta-voz do ministério iraniano de Petróleo, Alireza Nikzad. A notícia foi oficialmente divulgada através do site do Ministério. Neste sábado, navios de guerra iranianos entraram no Mediterrâneo para "mostrar o poder" da República Islâmica, em um momento de crescente tensão do país com Israel pela crise nuclear e os atentados anti-israelenses na Índia e na Tailândia. O anúncio da presença da marinha iraniana no Mediterrâneio foi feito pelo comandante chefe da marinha, o almirante Habibolá Sayyari, após os navios atravessarem o Canal de Suez, conforme citado pela agência oficial Irna. Ao mesmo tempo, no entanto, o principal negociador do Irã para os temas nucleares, Said Jalili, propôs em um encontro das potências do grupo 5+1 --Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha-- a retomada na "primeira oportunidade" das negociações sobre o programa nuclear iraniano, sempre e enquanto forem respeitados seu direito à energia atômica com fins pacíficos. O chanceler britânico William Hague, por sua vez, afirmou na sexta-feira que as ambições nucleares do Irã poderiam desencadear uma "nova Guerra Fria", mais perigosa que a dos países ocidentais com a ex-União Soviética. Os 27 países-membros da UE (União Europeia) decidiram parar de importar petróleo de Irã a partir de 1º de julho por conta do impasse em torno do programa nuclear do país, que o Ocidente acredita ser destinado à construção de bombas --fato negado pelo Irã. Em 4 de fevereiro, o ministério iraniano do petróleo havia antecipado que o país certamente cortaria as exportações para "alguns" países da Europa. Na quarrta-feira (15), a Press TV, emissora iraniana que transmite em inglês, havia anunciado a interrupção das exportações de petróleo para seis países europeus --Holanda, Grécia, França, Portugal, Espanha e Itália-- em retaliação às sanções às importações impostas pela UE. No entanto, Teerã negou em seguida as informações.

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